terça-feira, 22 de março de 2011

A turma do Marcelo Adnet no comédia MTV.
Clipe muito engraçado que rolou no programa Comédia MTV 

                                                            

O Lado Bom De Ser Gay
Nossa brother que gata!
Nossa que gostosa!
Mas aí não vou nem tentar por causa da concorrência
Que isso, vai virar gay?
Que isso? Tava só pensando...
Tem cada vez mais gay, ninguém deixa de ser gay...
Deve ter um lado bom de ser gay

O lado bom de ser gay
O lado bom de ser gay
O lado bom de ser gay
Qual é o lado bom de ser gay?

(Marcelo Adnet)
O lado bom de ser gay
É usar roupas de estilo
Botar piercing no mamilo
Esse é o lado bom de ser gay

(Rafael Queiroga)
O lado bom de ser gay
É ver as mulher pelada
Eventualmente pegar no peitinho
Porque elas pensam que eu sou gay

(Marcelo Adnet e Rafael Queiroga)
Mas o lado bom de ser gay
De verdade eu não sei
Vamos então chamar um gay
Pra falar o lado bom de ser gay

(Rodrigo Capella)
Eu sou gay
Vou dizer o lado bom de ser gay
Pra quem não é gay
Não sabe o lado bom de ser gay

O lado bom de ser gay
É usar o mesmo banheiro
Frequentado pelo sexo
Que você sente atração

O lado bom de ser gay
É poder dar pinta de gay
Porque se você já é gay
Não tem problema dar pinta de gay

O lado bom de ser gay
É usar o dialeto gay
Só entendido por quem é gay
Fazer efeito de câmera gay

Ai a louca!
Vê se desaquenta!
Deu a Elza, fez a Winona
Fez a chuca para não passar cheque
Arrasou! Biba, mona, que tudo!
Vou soltar as minhas plumas
Te gongar fazendo a egipcia

(Fábio Rabin)
Para de dar pinta
Vamos manter as aparências
Eu sempre faço a "discreta"
Meus pais não sabem que eu sou gay

Eu não sou esse tipo de gay
Que transparece ser gay
Fora o fato de eu beijar gays
Ninguém nota que eu sou gay

(Tatá Werneck)
O lado bom de ser gay
"pruma" sapatão
É não fazer depilação
Na MPB fazer canção
Roer curto as unhas da mão
Usar pochete e bermudão
Sair na rua arrumar confusão

Qual foi irmão tá olhando oque?
O que que é isso?
O que que é isso?
tá olhando oque?

(Marcelo Adnet)
George Michael
Elton John
Jodie Foster
Bruno Chateaubriand
Cazuza
Renato
Zacarias
Lan Lan
Keanu Reeves e Daniel San
Doce & Gabbana
Calvin Klein
Cristian Pior
Clóvis Bornay
Clodovil
Fábio Rabin
Lafon
Comissário de bordo
Aquele cara do Leblon
Ney Matogrosso
YMCA
Village People
Everybody is gay

In my turn in gay
Is everybody is gay?
Everyday is a gay
In my bown in gay
I don't know i am gay
Is he a gay?
Is my father gay?
Is my mother gay?
Everybody is gay is becoming a gay
Everybody today is becoming a gay

(Todos)
Todo mundo é gay
Todo mundo é gay
Todo mundo é gay
Esse é o lado bom de ser gay
Todo mundo é gay
Todo mundo é gay
Todo mundo é gay
Esse é o lado bom de ser gay



Para o fim de ano o programa Comédia MTV deu um upgrade, fazendo o Acústico Comédia MTV, com varias músicas e paródias juntamente com a banda Família Lima. Confira agora a música que mais chamou atenção de todos “O lado bom de ser Gay” além de ter beijos lésbicos da Dani Calabresa, o Marcela Adnet deixa no ar que o ator global Gianechinni seria gay ;X
Confere ai!!


Cantado pela banda fictícia "Backstreet Gays": O Lado Bom de Ser Gay - Backstreet Gays Nossa, brother, que gata! Nossa, que gostosa!


sexta-feira, 4 de março de 2011

Alfabeto divino ou celestial







ita Celestial:
A escrita Celestial é o alfabeto hebraico mais antigo, usado pelos hebreus antes do período de exílio na Babilônia, que ocorreu no séc.VI ac. É formado por 22 consoantes e escrito da direita para a esquerda. Seu nome deriva da tradição de que seus caracteres foram vistos pelos antigos sacerdotes hebreus entre os astros do céu.

A seguir, os caracteres do alfabeto celestial, e seus correspondentes:


O Alfabeto dos magos, ao contrário da escrita Celestial é uma variante mais moderna do hebraico quadrado.

Também escrito de trás para frente, esse alfabeto foi muito utilizado em diversos grimoires, principalmente pelos alquimistas, que visavam assim manter ocultas suas fórmulas e anotações dos olhos leigos, embora não fossem muito utilizadas em simbologia, muitas chaves (invocações) eram escritas utilizando-se do alfabeto dos magos na época.


Alfabeto Tebano:

Também chamado Alfabeto Theban, ou Alfabeto das Bruxas. A primeira notícia oficial do alfabeto Theban é em livros de Cornélio Agrippa, em 1521, mas acredita-se que seja ainda mais antigo. Digo isso porque a ausência das letras U/J/W nos mostra que tem origem latina, originado antes de séc.XI. Nunca chegou a ser um alfabeto utilizado com frequencia nos meios Ocultistas. Voltou a ser conhecido e utilizado quando Gerald Gradner (praticamente o criador da wicca - da tradiçao wiccan gardneriana) o reinventou, e por isso, ficou sendo conhecido como "Alfabeto das Bruxas".

Por não ter ligação com o hebraico, não é escrito de trás para frente e é utilizado mais frequentemente por seguimentos wiccans .


Alfabeto Hebraico:

O Alfabeto Hebraico, também chamado de Alfabeto Cabalí¬stico, é o alfabeto mais utilizado e conhecido nos meios Ocultistas, sendo que grande parte dos outros alfabetos místicos são criações dele. O Alfabeto Hebraico foi desenvolvido a partir do séc. VI a. C. e sua criação é atribuída a Esdras.

Segundo a Cabala, as 22 letras do alfabeto hebraico, associadas às dez sephiroth (fluxos de energia) foram a matéria-prima que Deus usou para criar o Universo.
Cada uma dessas 22 letras representa um significado específico e é atribuído um valor numérico, e quando elas se juntam nas mais diversas combinações, seria o mesmo que estar montando uma equação numérica. Dessa equação numérica de significados nasceram os conceitos, as idéias, a natureza e a própria História.

Desse alfabeto, se originou o tarot e está intimamente ligado às sephiroth, à alquimia, a quase todos os símbolos místicos, operações mágickas, magia cerimonial e ocultismo em geral. Também é escrito de trás para frente.


Alfabeto Enochiano:

O Alfabeto Enochiano representa a linguagem angélica que foi transmitida a Dee e Kelly, sendo tão poderosa que teve seus nomes anunciados de trás para frente, de modo a prevenir a conjuração acidental de algumas entidades.

Acreditava-se que a simples pronúncia do nome destas entidades seria suficiente para conjurá-la, ou pelo menos algum de seus aspectos.

Cada letra do Alfabeto Enochiano apresenta sua correspondência planetária, elemental e nos Arcanos Maiores do Tarot, além de seu valor gemátrico.

Para a utilização deste sistema mágicko é imprescindível a correta pronúncia dos nomes e fórmulas.


Alfabeto Futhark (runas):

Trata-se de um dos antigos alfabetos místicos, muito utilizado pelos nórdicos e que é, até hoje, utilizado como oráculo. A palavra runa significa secreto, empregada para indicar um sonho misterioso, uma doutrina oculta ou um escrito hermético. Antes de aprender os caracteres romanos, os antepassados conheciam os signos chamados glifos que compunham a escrita alfabética Futhark, a qual originou as runas.


Alfabeto Ogham:

O Alfabeto Ogham (pronunciado ouam), também chamado de alfabeto duídico sagrado, era o alfabeto utilizado pelos Celtas.

Os Celtas acreditavam que muitas árvores eram habitadas por espíritos, por isso nomearam cada letra de seu alfabeto com um nome de uma árvore em específico. Os antigos Celtas usavam o alfabeto Ogham na realização da magia. Atiravam também paus divinatórios gravados com os símbolos do alfabeto Ogham.

O Ogham era escrito da esquerda para a direita em manuscritos, e de baixo para cima em pedras. A linha central representa um tronco de árvore, e os traços representam os ramos.


Alfabeto Malaquim:

O Alfabeto Malaquim é um dos mais antigos alfabetos místicos existentes. Ele seria uma evolução do alfabeto celestial.

O Alfabeto Malaquim serviu de intermediário para a criação e origem do alfabeto cabalístico como o conhecemos hoje (o alfabeto hebraico). É também escrito da direita para esquerda.


Alfabeto Maçônico / Rosa-Cruz:

O Alfabeto maçônico foi frequentemente usado no sec. XVII, e até hoje muitos praticantes de Ordens Maçônicas o utilizam para se identificarem, ou em seus escritos.


Alfabeto aramaico:

O alfabeto aramaico foi um alfabeto muito difundido na região da Mesopotâmia a partir do século VII a.C., sendo então adotado pelos persas. Foi o dialeto que antecedeu ao hebraico. Sua importância reside no fato de ser o antecessor do alfabeto hebraico, estudando o alfabeto aramaico, consegue-se conhecer a pronunciação dos nomes e dos sons das consoantes que formam o alfabeto hebraico;



Abaixo, o alfabeto utilizado na alquimia:





quinta-feira, 3 de março de 2011

Revelações dos algozes de Che Guevara




A versão dos homens que lideraram a caçada ao revolucionário.

Na última fotografia em vida, Che Guevara é conduzido pelo agente da CIA Felix Ismael Rodríguez (à esq.), que hoje vive em Miami
Na manhã do dia 9 de outubro de 1967, Ernesto Guevara de La Serna, conhecido como “el Che”, em nada lembrava o guerrilheiro altivo e sonhador captado pelas lentes do fotógrafo Alberto Korda. Ao contrário, o argentino Che estava sujo, abatido e a sua aparência, aos 39 anos, era a de um mendigo em farrapos. Ao seu lado, com uma ponta de satisfação no olhar, um jovem de 25 anos exibia sua presa.
Era o cubano Felix Ismael Rodríguez, que foi recrutado pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos para caçar Guevara na selva boliviana. “Comandante, mire al pajarito”, brincou Felix, antes daquela que seria a última imagem de Che ainda vivo. Às 13h10 do mesmo dia, ele foi executado, com um tiro no peito, pelo sargento boliviano Mario Terán. Passados quase 40 anos, Felix, ex-agente da CIA, recebeu a reportagem de ISTOÉ em Miami. Reduto dos 700 mil exilados cubanos na Flórida, a cidade vive a expectativa pela morte de Fidel Castro, gravemente enfermo. “Eu me lembro perfeitamente daquele diálogo com Che”, conta Felix. A penúltima afirmação que saiu dos lábios do guerrilheiro veio recheada de ironia. “Diga a Fidel que logo verá uma revolução triunfante na América.” El Che capturado se sentia traído e abandonado pelo ex-companheiro da Sierra Maestra. A segunda e derradeira frase do guerrilheiro lhe pareceu sincera. “Diga à minha esposa que volte a se casar e trate de ser feliz.” Em seguida, houve um breve aperto de mãos, antes do disparo fatal do sargento Terán. “Che morreu com dignidade”, conta Felix, que atribui a decisão de matá-lo ao Exército boliviano, e não à CIA. “Ele valeria mais vivo do que morto.”
O corpo de Guevara ficou exposto no Hospital Nuestro Señor de Malta, em Vallegrande, onde foi visto por milhares de pessoas. Os olhos estavam arregalados, mas a expressão era serena. Muitos camponeses o compararam a Jesus Cristo. Era o início do mito do Che
Também foi entrevistado outro algoz de Che Guevara. É Gustavo Villoldo, 71 anos, que liderou a expedição da CIA, na Bolívia, em 1967. Do relato de ambos, emerge uma história surpreendente: a que o corpo do guerrilheiro não estaria enterrado no mausoléu de Santa Clara, em Cuba, como diz a história oficial, mas sim numa vala comum em Vallegrande, na Bolívia. “Só eu sei onde estão as coordenadas geográficas”, garantiu Villoldo, que enterrou Che. Ele está disposto a provar o que diz. E essa busca pode ter paralelos com a história de sua conterrânea Evita Perón, cujo corpo perambulou por vários países até ser definitivamente enterrado no bairro da Recoleta, em Buenos Aires.
Assim como no caso de Evita, uma busca pelos restos mortais do guerrilheiro poderá alimentar ainda mais o mito. E hoje, paradoxalmente, a marca Che Guevara é uma das mais valiosas do capitalismo moderno. Está estampada em milhões de camisetas, bonés, bandanas, ímãs de geladeira e – mais importante do que isso – permanece viva no ideário de milhões de jovens sonhadores. “Eles não conhecem nada sobre o verdadeiro Che”, lamenta Felix, que também participou da fracassada tentativa de derrubar o regime castrista em 1961, na invasão da Baía dos Porcos, com a Brigada 2506. “Foi uma das figuras mais cruéis que o século XX produziu.” Uma das histórias que Felix jamais esqueceu é a de um adolescente que havia pichado um muro em Havana com os dizeres “Abajo Fidel”. Dias depois, ele foi sentenciado à morte e sua mãe procurou Che, dizendo que o filho jamais repetiria tal ofensa. Era uma segunda-feira e a execução aconteceria quatro dias depois. O guerrilheiro, que àquela época era o segundo homem mais forte na hierarquia cubana, ouviu pacientemente os argumentos. A mãe, por instantes, pensou ter salvo a vida de seu filho. Foi então que Che se dirigiu a um oficial e disse: “Matem-no hoje para que esta mãe não tenha que esperar até sexta-feira.”
Estimativas extraoficiais indicam que Che Guevara teria participado de cerca de 300 execuções em Cuba, onde viveu de 1959 a 1965. Ao deixar a ilha, ele primeiro viajou à África, onde tentou organizar grupos guerrilheiros no Congo. Depois, regressou à América Latina, com o propósito de liderar uma revolução na Bolívia que poderia se alastrar para países fronteiriços como o Peru, o Chile, a Argentina, o Paraguai e o próprio
Gustavo Villoldo presenciou o enterro de Guevara
Brasil. Aqueles eram tempos de guerra fria e de extremismos, onde matar ou morrer por uma causa era algo que seduzia milhares de jovens. Na selva boliviana, porém, nada deu certo para o grupo de Guevara. Os revolucionários não ganharam a simpatia dos camponeses, na maioria índios quéchuas e aymarás, e um dos primeiros guerrilheiros a ser capturados foi o intelectual francês Régis Debray. Logo depois, seria a vez de Che. “Ele foi um monstro sanguinário, que matava com muito prazer”, diz Gustavo Villoldo, que também aparece nas fotos ao lado do corpo de Guevara, cuja imagem passou a ser comparada à de Jesus Cristo por camponeses bolivianos.
Villoldo foi uma das quatro pessoas que presenciaram o enterro do guerrilheiro, que teve suas mãos cortadas para que se fizesse o teste das digitais. Os outros três foram oficiais bolivianos. Trinta anos depois, no entanto, o governo Fidel Castro conseguiu um acordo com La Paz para que o corpo de Che fosse resgatado e transportado para o mausoléu de Cuba, onde recebe milhares de visitantes todos os anos. Agora, Villoldo não só está disposto a reabrir o caso como também diz ter uma prova. São os fios que cortou da vasta cabeleira do guerrilheiro e que guardou consigo durante décadas. E ele também lembra o fato de que, em 1967, dois corpos foram sepultados com o de Guevara. Em 1997, no entanto, o “Che” resgatado por Fidel saiu de uma tumba onde havia sete cadáveres. Além disso, o corpo seguiu para Havana sem que se fizesse um teste de DNA – bastou uma análise superficial da arcada dentária. “Mortos não se reproduzem”, ironiza Villoldo. “Quero que os quatro filhos dele possam saber onde realmente está seu pai”, aponta. Villoldo, porém, não pretende negociar com o regime cubano. “Posso voltar a Vallegrande, mas com a presença de legistas internacionais para que seja feito um teste sério de DNA.” Além dele, os jornalistas espanhóis Maite Rico e Bertrand de la Grande, que escreveram o livro Operación Che – historia de una mentira de Estado, contestam a versão cubana sobre o corpo do guerrilheiro. Ambos foram elogiados pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa, que critica o culto quase fanático ao guerrilheiro latino.
Intelectuais de esquerda como Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir foram a Cuba apoiar a revolução. Para eles, Che personificava a idéia do “homem novo”
Em Miami, tanto Felix Rodríguez como Gustavo Villoldo observam de perto a agonia de Fidel Castro, assim como os milhares de cubanos que vivem na cidade e se reúnem na Calle Ocho, que é o ponto principal da Little Havana. Felix imagina que, após a morte de Fidel, Cuba viverá uma transição inevitável para a democracia capitalista. Villoldo é mais cauteloso. Ele diz que Raúl Castro, meio-irmão de Fidel e hoje o líder máximo cubano, é um tipo pragmático, que tentará uma aproximação com os Estados Unidos. “Cuba necessita de dinheiro e o que ainda mantém vivo o regime é a ajuda da Venezuela”, diz ele.
Segundo estimativas do Instituto para Estudos Cubanos e Cubano-Americanos (Iccas), Hugo Chávez transfere cerca de US$ 2,2 bilhões por ano a Havana. A isso, somam-se a receita com o turismo, declinante, e a ajuda de países como o Irã, a Rússia e a China. “Para reconstruir o país, seriam necessários US$ 60 bilhões”, diz Jaime Suchlicki, diretor do Iccas.

Mausoléu em Santa Clara, onde estariam os restos de Guevara
Fidel e Raúl Castro hoje lutam contra os limites biológicos. O primeiro tem 80 anos e o segundo já está com 76. Em Cuba, há até quem aposte que Raúl morrerá primeiro. Outros prevêem que os irmãos irão transferir o poder para uma liderança militar ou para o civil Carlos Lage, que conduz a economia cubana. Che, no entanto, pertence a outra galeria de homens. É um mito que, apesar da face cruel, resiste ao tempo e ainda simboliza uma certa utopia latino-americana. Em 1955, ao se juntar a Fidel, ele escreveu uma carta aos pais, citando versos do poeta turco Nazim Hikmet. “A partir de agora, não considerem minha morte uma frustração. Se ao menos eu puder, como Hikmet, não levar à minha tumba apenas o tédio de um canto inacabado...” Sua vida, por certo, não foi tediosa. Mas agora, no entanto, ele começa a ser exumado.

POR: Leonardo Attuch

A marca Che Guevara

A marca Che Guevara é uma das mais valiosas do capitalismo moderno. Está estampada em milhões de camisetas, bonés, bandanas, ímãs de geladeira e – mais importante do que isso – permanece viva no ideário de milhões de jovens sonhadores. “Eles não conhecem nada sobre o verdadeiro Che”, lamenta Felix, que também participou da fracassada tentativa de derrubar o regime castrista em 1961, na invasão da Baía dos Porcos, com a Brigada 2506. “Foi uma das figuras mais cruéis que o século XX produziu.” Uma das histórias que Felix jamais esqueceu é a de um adolescente que havia pichado um muro em Havana com os dizeres “Abajo Fidel”. Dias depois, ele foi sentenciado à morte e sua mãe procurou Che, dizendo que o filho jamais repetiria tal ofensa. Era uma segunda-feira e a execução aconteceria quatro dias depois. O guerrilheiro, que àquela época era o segundo homem mais forte na hierarquia cubana, ouviu pacientemente os argumentos. A mãe, por instantes, pensou ter salvo a vida de seu filho. Foi então que Che se dirigiu a um oficial e disse: “Matem-no hoje para que esta mãe não tenha que esperar até sexta-feira.”

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Psicologia e tanatologia



Etmologicamente, a palavra Tanatologia origina-se do grego Thanatos (figura da mitologia grega que representa a morte) e Logia (do grego Logos: estudo, ciência). Portanto, o significado literal seria o “estudo da morte”. Todavia, ampliaram-se os campos deste estudo. Vários estudiosos redefiniram a Tanatologia: Kastenbaum e Aisenberg (1983) – ciência que estuda os processos emocionais e psicológicos que envolvem as reações às perdas, ao luto e à morte -, similar ao de Kolinsk (2007) – ciência que estuda o fenômeno da morte, bem como os processos que envolvem as reações à morte, ao morrer, luto e perdas -, avançando até o conceito de Biotanatologia, de Evaldo D`Assumpção (2005) - ciência que estuda a vida através da ótica da morte.

Perdas são fenômenos que ocorrem inúmeras vezes ao longo da vida de cada indivíduo, não necessariamente ligados à morte física, costumam despertar sensações de angústia, medo e solidão, análogas à morte, e contém em seu bojo sofrimento, dor e tristeza. Podem vir por separação, perda de emprego ou aposentadoria, nas mudanças de fases do desenvolvimento da pessoa, outras mudanças (de residência, de cidade ou país, de escola, etc.) e nas escolhas – quando se faz uma escolha, se perde outra possibilidade. A maneira de reagirmos às perdas é influenciada por vários fatores como: faixa etária, desenvolvimento cognitivo e emocional, as circunstâncias da perda, dinâmica familiar, cultura e fatores sociais (KOLINSKI, 2007).

Luto é um processo inerente a uma perda: toda perda significativa pressupõe o luto, um processo que visa retirar a energia fixada no objeto perdido e redirecionada para outro objeto (FREUD, 1917, apud ESCUDEIRO, 2007). Envolve uma sucessão de quadros clínicos que se mesclam e se substituem; têm impacto sobre o indivíduo e a família, muitas vezes a longo prazo. Esse impacto necessita ser adequadamente avaliado, para que sejam identificadas as medidas de intervenção que serão propostas (PARKES, 1998).

O luto pressupõe fases, segundo Bowlby (2004): Entorpecimento, Anseio e busca da figura perdida, Desorganização e desespero e Reorganização. Pressupõe tarefas, segundo Worden (1998): Aceitar a realidade da perda, Elaborar a dor da perda, Ajustar-se ao ambiente, Reposicionar emocionalmente a pessoa falecida e continuar a vida.

Os cuidados paliativos constituem um campo interdisciplinar de cuidados totais, ativos e integrais, dispensados aos pacientes com doenças avançadas e em fase terminal (SAUNDERS, 1990, apud FLORIANE e SCHRAMM, 2004); visam oferecer um modo de morrer que acolha o paciente, seu cuidador e sua família, dando-lhes amparo para enfrentar este momento difícil de suas vidas, amparo este, estendido até a fase de luto.

A comunicação de notícias ruins é uma das tarefas mais difíceis encontrada pelos profissionais de saúde. Requer tempo disponível adequado, sensibilidade e privacidade. É uma arte! Algumas técnicas são recomendadas, como evitar dar uma má notícia para uma pessoa de pé, usar linguagem acessível, dar o direito ao paciente de saber as suas condições, entre outras.

dica:
O livro a Arte de Morrer (Volume I e II) publicado este ano, organizado pelo Dr. Franklin Santana Santos com parceria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, se consagra entre outras coisas por ser o maior livro sobre Tanatologia do mundo. Ele abrange as mais variadas discussões sobre a morte que incluí perspectivas médicas, psicológicas, psicanalíticas, filosóficas, literárias, midiáticas, sociológicas, teológicas, entre outras.


Relação necropsistas e funeraria
Perigo da corrupção:

ML afasta dois funcionários suspeitos de receber propina de funerárias

O Instituto Médico Legal do Paraná afastou dois funcionários que trabalhavam na sede em Curitiba suspeitos de envolvimento com um esquema de corrupção com funerárias. Um inquérito para apurar as irregularidades será aberto pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos (Nurce), que já investiga outros casos de crimes cometidos por funcionários do IML.
O afastamento dos funcionários ocorreu na tarde da última sexta-feira (27). A Secretaria da Segurança Pública recebeu denúncias anônimas de que funcionários do órgão estariam recebendo propina para indicar funerárias a parentes de mortos. As denúncias foram repassadas ao interventor, coronel Almir Porcides, que determinou o imediato afastamento dos dois suspeitos. Os nomes não serão revelados até que fique comprovada a participação deles no esquema de corrupção.

O coordenador estadual do Nurce, delegado Robson Barreto, informou que na segunda-feira (2) deverá instaurar inquérito para apurar o envolvimento de funcionários do IML com funerárias em um esquema de propina para liberação de corpos sem a necessidade das empresas participarem de um rodízio pré-estabelecido. “As investigações continuam para apurar outros casos e quais os funcionários e entidades envolvidas em irregularidades dentro do IML. O objetivo é descobrir e punir todos os responsáveis”, disse o delegado.

Desde que aconteceu a intervenção, sempre que existe suspeita de qualquer irregularidade no IML, imediatamente o caso é repassado para apuração da Polícia Civil. Ao mesmo tempo, os envolvidos são afastados até o final das investigações.

Em maio de 2008, a “Operação Ressurreição I” levou à prisão de Mércio Eliano Barbosa, sua irmã Daiana Barbosa, do seu amigo Cristian Jean Jose de Andrade e do papiloscopista do IML João Alcione Cavalli. Eles foram acusados de fraude para o recebimento de indenização ou valor de seguro, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Este trabalho da polícia desmontou o esquema que beneficiava Mércio - ele receberia um seguro feito nos Estados Unidos no valor de US$ 1,6 milhão.

Segundo a ABREDIF existe uma ética a ser seguida pelas funerarias. São normas comportamentais que andam junto com as ações legais.
(ABREDIF - Associação Brasileira de Empresas e Diretores Funerários)

A ABREDIF, coerente com as recomendações emanadas da FIAT/IFTA - Federação Internacional de Associações Tanatológicas, da ALPAR - Associação Latino Americana de Cemitérios Parques e Serviços Exequiais, bem como, da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, tem a responsabilidade de instituir os princípios éticos e os decorrentes padrões de conduta profissional que validem a proficiência e confiabilidade do Diretor Funerário junto às instituições e à sociedade em geral;

Que, a fim de se zelar para que a ética, normas e padrões aqui adotadas sejam regularmente observadas, toda funerária deverá dispor em seus quadros de pelo menos um Diretor Funerário responsável, assim reconhecido e certificado pela ABREDIF, resolve,

Artigo 1° Instituir o Código de Ética e Auto-Regulamentação do Setor Funerário, que passa a adotar a sigla CEARF, sendo seu principal objetivo a regulamentação da atividade funerária em consonância com a legislação vigente e a obediência aos preceitos éticos e morais da sociedade, de forma a promover o desenvolvimento do setor, a valorização profissional e a busca do entendimento.

Observar em relação a funeraria e questionar a ética:
Artigo 10° Honestidade - Os serviços funerários devem ser oferecidos e realizados de forma a não se abusar da confiança, falta de experiência ou conhecimento da família, não beneficiando-se ainda da credulidade ou estado emocional do contratante. 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

zero grau de liberdade

Sol entrou ontem em Libra. E porque tudo é ritual, porque fé, quando não se tem se inventa, porque Libra é a regência máxima de Vênus, o afeto, porque Libra é o outro (quando se olha e se vê o outro, e de alguma forma tenta-se entrar em alguma espécie de harmonia com ele), e principalmente, porque Deus, se é que existe, anda destraído demais, resolvi chamar a atenção dele para algumas coisas. Não que isso possa acordá-lo de seu imenso sono divino, enfastiado de humanos, mas para exercitar o ritual e a fé - e para pedir, mesmo em vão, porque pedir não só é bom, mas às vezes é o que se pode fazer quando tudo vai mal. Nesse Zero Grau de Libra, queria pedir a isso que chamamos de Deus um olho bom sobre o Planeta Terra, e especialmente sobre a cidade de São Paulo. Um olho quente sobre aquele mendigo gelado que acabei de ver sob a marquise do Cine Majestic; um olho generoso para a noiva radiosa mais acima. Eu queria o olho bom de Deus derramado sobre as loiras oxigenadas, falsíssimas, o olho cúmplice de Deus sobre as jóias douradas, as cores vibrantes. O olho piedoso de Deus para esses casais que, aos fins de semana, comem pizza com Fanta e Guaraná pelos restaurantes, e mal se olham enquanto falam coisas como: "você acha que eu devia ter dado o telefone da Catarina à Eliete"? e o outro grunhe em resposta. Deus, põe teu olho amoroso sobre todos os que já tiveram um amor, e de alguma forma insana esperam a volta dele: que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem. Derrama teu olho amável sobre as criancinhas demônias criadas em edifícios, brincando aos berros em playgrounds de cimento. Ilumina o cotidiano dos funcionários públicos ou daqueles que, como funcionários públicos, cruzam-se em corredores sem ao menos se ver, nesses lugares onde um outro ser humano vai se tornando aos poucos tão humano quanto uma mesa. Passeia teu olhar fatigado pela cidade suja, Deus, e pousa devagar tua mão na cabeça daquele que, na noite, liga para o CVV. Olha bem o rapaz que, absolutamente só, dez vezes repete Moon Over Bourbon Street, na voz de Sting, e chora. Coloca um spot bem brilhante no caminho das garotas performáticas que para pagar o aluguel tão duro como garçonetes pelos bares. Olha também pela multidão sob a marquise do Mappin, enquanto cai a chuva de granizo, pelo motorista de taxi que confessa não ter mais esperança alguma. Cuida do pintor que queria pintar, mas gasta seu talento pelas redações, pelas agências publicitárias, e joga tua luz no caminho dos escritores que precisam vender barato seu texto. Olha por todos aqueles que queriam ser outra coisa qualquer a que não a que são, e viver outra vida se não a que vivem. Não esquece do rapaz viajando de ônibus com seus teclados para fazer show na capital. Deita teu perdão sobre os grupos de terapia e suas elaborações da vida, sobre as moças desempregadas em seus pequenos apartamentos na Bela Vista, sobre os homossexuais tontos de amor não dado, sobre as prostitutas seminuas, sobre os travestis da República do Líbano, sobre os porteiros de prédios comendo sua comida fria nas ruas dos Jardins. Sobre o descaramento, a sede e a humildade, sobre todos que de alguma forma não deram certo (porque, nesse esquema, é sujo dar certo), sobre todos que continuam tentando por razão nenhuma, sobre esses que sobrevivem a cada dia ao naufrágio de uma por uma das ilusões. Sobre as antas poderosas, ávidas de matar o sonho alheio. Não. Derrama sobre elas teu olhar mais impiedoso, Deus, e afia tua espada. Que no zero grau de Libra, a balança pese exata na medida do aço frio da espada da justiça. Mas para nós, que nos esforçamos tanto e sangramos todo dia sem desistir, envia teu Sol mais luminoso, esse Zero Grau de Libra. Sorri, abençoa nossa amorosa miséria atarantada''


(Caio Fernando Abreu)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


Wicca
Também conhecida por Religião da Deusa e Antiga Religião, a Wicca é uma filosofia de origem pré-cristã baseada no princípio de criação feminino, nos ciclos da natureza, como as fases lunares e as quatro estações, revivendo o culto à Grande Deusa e aos Deuses Antigos. Também inclui várias modalidades de magia e rituais que buscam a harmonização pessoal.
Para seus adeptos, a Wicca é considerada uma religião. Devido a popularidade que atingiu nos últimos anos, várias hipóteses são criadas; desde sua origem até a forma como é praticada atualmente. Portanto, as definições são amplamente maleáveis e a Wicca torna-se um tema relativamente incerto.
O termo Wicca possui provavelmente duas origens. A primeira está ligada a palavra saxônicaWitch, que significa dobrarmoldar ou girar. A segunda origem é relativa a raiz germânica da palavraWit, que significa saber ou sabedoria. Portanto, deduze-se que Wicca pode significar moldar a sabedoria. É neste conceito que reside sua essência: moldar (adaptar e utilizar) o conhecimento universal em próprio benefício, sem prejudicar a ninguém. Porém, a palavra ainda carrega uma conotação negativa e errônea, sendo associada ao satanismo, magia destrutiva e cultos ou seitas opositoras ao cristianismo de um modo geral.

Pagãos & Cristãos

Paganismo é o termo usado para definir as religiões oriundas do período pré-cristão. Assim, as práticas pagãs se desenvolveram durante séculos. Até que em 330 d.C, o cristianismo passou a ser imposto aos povos de todo o mundo. As práticas pagãs foram consideradas heréticas e toda a religiosidade pré-cristã, bem como seus adeptos, tornaram-se alvos da intolerância católica.
A Igreja deturpou a real significação da crença pagã e a propagou como um culto demoníaco. Por exemplo, a imagem do demônio comum entre os cristãos, é um homem com chifres e patas de bode; muito semelhante à imagem do Deus Cornífero. Este é um forte indício de que a Igreja católica transformou a imagem de divindades anteriores ao cristianismo em símbolos maléficos. Assim, o sentido original assumiu um caráter negativista e destrutivo. Infelizmente, esta conotação se fortaleceu ao longo do tempo, e tudo que estivesse relacionado à bruxaria e Wicca, era visto como uma forma de anticristianismo. Este conceito errôneo foi se diluindo recentemente, à medida que estudos sérios e imparciais sobre as culturas pré-cristãs foram sendo divulgados.
Nesse período, certa de 5 milhões de mulheres foram queimadas, acusadas de bruxaria. Com isso a Igreja conseguiu conter o crescente poder que a imagem feminina estava adquirindo ao longo dos séculos, diante da chamada Deusa. Por conseqüência disso, foi gerada essa nossa sociedade masculinizada em quase todos os segmentos. Isso só veio a se alterar nos últimos anos, mesmo assim muito lentamente.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Diga não, Eddie Van Feu

Eddie Van Feu é uma escritora de livrinhos de magia, ajudando a difundir bastante a Bruxaria e mostrando que Bruxaria não é do mal. Isso é ótimo e seria perfeito, não fosse um pequeno detalhe: ela trata sua visão como Wicca, e trata Wicca como filosofia de vida.
Wicca não é seita...
Nós, abaixo assinados, praticantes e/ou simpatizantes da Religião Wicca, exigimos uma retratação pública da Srª Eddie Van Feu que, insiste em difundir idéias equivocadas à respeito da Wicca. Segundo a mais nova publicação da Editora Escala, com produção da Srª Eddie Van Feu, "Previsões 2007", disponível nas bancas de todo país, para ser adepto da Wicca, não é necessário mudar de religião. Além disso, a autora usa de sincretimos abusivos para difundir a Wicca. Nós, praticantes e ou simpatizantes da Religião Wicca, sentimo-nos ofendidos com tais afirmações, pois sabemos que Wicca é uma religião e não admitimos que Eddie Van Feu, preste um deserviço aos leitores de suas publicações.

LIBERDADE DE RELIGIÃO ESTÁ NA LEI

CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS



Geral atualidade
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; (...)VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;(...)
WICCA NÃO É SEITA. É RELIGIÃO!